DUARTE E BAPTISTA


O processo Apito Dourado é, em definitivo, um enigma para a generalidade dos portugueses e para muitos comentadores. Esta semana, por exemplo, poucos perceberam que uma coisa é o processo originários - jogos do Gondomar - e outra os casos de Augusto Duarte. Obviamente, também poucos se lembraram que não foi só o arguido Duarte que o Conselho de Arbitragem da FPF, onde está um dos arguidos (Francisco Costa) do processo de Gondomar, nomeou à má fila para um jogo da Taça. Paulo Baptista também foi nomeada para um jogo da Naval, partida polémica, da qual saiu com razões de queixa a equipa de Paulo Carvalho, um dirigente ímpar mas que continua a ser comido por lorpa. Baptista esteve acusado com Valentim Loureiro num caso de eventual favorecimento da equipa da Naval, num jogo da II Liga no qual o oponente era o Chaves. O caso caiu na instrução, ou seja, à beira do julgamento. A quarentena para estes dois árbitros foi até aqui respeitada pela Comissão de Arbitragem da Liga mas na primeira oportunidade que teve o CA da FPF nomeou o árbitro do Nacional-Benfica para o Benfica-Paços e Baptista para a Figueira da Foz. O resultado foi o que todos viram: Duarte entrou condicionado na Luz - tanto mais que Vieira falara na véspera ao CM... - e prejudicou a equipa de José Mota. Nada a que os pacenses não estejam habituados. Tal como os vilacondenses, há muito tempo que são tidos como bons rapazes, ou seja, há muito tempo que estão altamente expostos à radioactividade daqueles que não olham a meios para atingir os seus fins.