Podia ser melhor, mas...


Porque já jantei, aproveito agora o intervalo no Estádio da Luz, pois estou a analisar para o Jornal de Noticias a arbitragem do jovem Hugo Miguel, para fazer uma reflexão sobre os árbitros nomeados para o Campeonato da Europa no próximo ano.

Nunca é fácil escolher a lista dos árbitros que vão arbitrar um Campeonato da Europa de Futebol.
Dificuldade ainda maior quando se vai nomear apenas doze árbitros Europeus.
Desses dozes países temos que verificar que é normal estar nomeados dois árbitros dos países organizadores.
Isto porque quer a Suiça, quer a Áustria têm nos seus quadros dois dos melhores árbitros FIFA do Mundo.
São eles Massimo Busacca e Konrad Platz. Assim sendo, restam apenas dez vagas que com normalidade são ocupadas por cinco países Eslováquia, Itália, Espanha, Bélgica e Grécia que tem árbitros de categoria FIFA ao nível dos melhores do Mundo; Lubos Michel, Roberto Rosetti, Mejuto Gonzalez, Frank de Bleecker e Kyros Vassaras.
E era a partir daqui que Portugal poderia sonhar em ter nas nomeações directas o árbitro português Olegário Benquerença.
Porque, nas cinco vagas que sobram, o nosso arbitro português tinha possibilidades.
Se termos em consideração que a Inglaterra e a Alemanha têm dois campeonatos e dois árbitros que têm tido boas análises nas Champions League, com a entrada de Howard Webb e de Herbert Fandel ficam apenas a faltar três árbitros para completar a lista.
E não me parece que Pieter Vink da Holanda, Tom Henning da Noruega e Meter Frojdfeldt da Suécia sejam melhores que Olegário Benquerença, um árbitro ainda jovem e que já pertence á elite da FIFA.
Tem participado com regularidade nos seminários e em diversos jogos e tem possibilidades de ser nomeado para o próximo Campeonato do Mundo.
É certo que deveria ter sido feito um trabalho externo da nossa Federação e da nossa Liga de Clubes, para dar confiança a Angel Vilar em nomear um português na lista dos efectivos.
Na lista de quarto árbitro, ao lado do português, também estão nomeados dois países e dois árbitros que tinham possibilidade e sonhava em ser nomeados para os dozes principais. Refiro-me a Stéphane Lannoy da França e Ivan Bebek da Croácia.
Mas nada está perdido e nos próximos anos Vítor Pereira pode e deve empenhar-se, para que Olegário Benquerença, Jorge de Sousa e Pedro Proença sejam mais acompanhados, para voltarmos a ter um árbitro a arbitrar jogos no Campeonato do Mundo e no próximo Europeu.
Uma nota final: há uma década sensivelmente a Comissão de Arbitragem da Liga de Clubes terminou com as equipas fixas.
Há 4 anos que a UEFA e FIFA voltaram a nomear os trios do mesmo país e equipas de arbitragem com experiência e com um grande entendimento entre si.