MACHADO DE CORTE

Depois de muitos romances - escreveu-se até que o sucessor de Jorge Costa seria estrangeiro -, António Salvador escolheu Manuel Machado. É uma espécie de fuga para a frente. A 7 pontos do rival Vitória, recuperar um treinador que ali foi feliz é ao mesmo tempo golpear o arqui rival. Machado fez um grande trabalho no Moreirense, espaldado por Vítor Magalhães e sobretudo Ernesto Fernandes, confirmou-se como treinador de primeira no Vitória onde durante anos não passou dos juniores (Pimenta Machado considerava-o limitado para voos mais altos) e depois levou o Nacional à Europa e falhou na Académica quando aqui tinha muito para ser feliz. Agora, em Braga, o desafio é mais alto. Sobretudo, o ex-jogador de andebol e treinador de equipas de futebol de salão de dirigentes vitorianos terá de enfrentar o mau génio do "pedreiro" que manda na pedreira. Na certeza de que pode sempre acontecer aquele dia em que o o chamará para "fazer contas", como aconteceu ao grande e eterno capitão portista Jorge Costa, de quem se começa a falar como hipótese para um clube que tem jogadores penhorados.