CORPORAÇÃO

Ponto prévio: acho muito bem que os árbitros exponham, não deixando apenas para os dirigentes os palcos mediáticos. Andou bem A BOLA ao juntar, ao jantar, Pedro Proença, Lucílio Baptista, Duarte Gomes, Jorge Sousa, Paulo Paraty, Olegário Benquerença, Bruno Paixão, Paulo Costa, João Ferreira e o "must" Pedro Henriques. A reunião não decorreu na Marisqueira de Matosinhos, informa-se desde já. Do excelente trabalho produzido sobrou algum espaço para o APITO DOURADO. A BOLA apenas reproduziu declarações, a este propósito, de Proença, Paraty e Costa. Proença verificou a existência de escutas escandalosas que têm a ver com os árbitros e entende que deve haver punições, doa a quem doer. Paraty condenou os julgamentos públicos já feitas e Paulo Costa fechou assim: "Sabem quantos árbitros da I Divisão são arguidos? Nenhum". Bem, Paulo, 15 foram constituídos arguidos e dois - Augusto Duarte e Jacinto Paixão - estão acusados. Mas mais importante do que isso foi o clima que deu para perceber entre árbitros e dirigentes de clubes e da arbitragem, nomeadamente no que diz respeito a subidas e descidas de escalão, com o MP a entender que os dados estavam viciados não apenas na FPF mas também na Liga. Não chega para dar trabalho aos tribunais mas moralmente é péssimo. E isso também devia ser discutido. À mesa ou nas instâncias desportivas- Será que vai ser? Ou a corporação vai impor-se de novo? E a quem interessa isso?

PS - BnA apurou que o encontro decorreu na Adega da Tia Matilde, local de grandes tertúlias benfiquistas. O director do jornal recepcionou os apitadores mas não jantou pois tinha outro compromisso...