MAIS UM DIA COMO OUTRO QUALQUER*


A Maddie, claro, a dominar a actualidade. Afinal... Notável a performance da Sandrinha Felgueiras, no jornal das 24 horas, aguentando 17 minutos de directo frenético, sem falhas, para terminar com um dispensável "nós há um mês já tínhamos questionado". Fiquei colado, com o telecomando longe, à espera de nova intervenção desde Faro. Não sei se sonhei ou não mas pareceu-me ver o Paulo Catarro a apresentar o sorteio da Liga e logo a seguir a fazer reportagem. Se calhar sonhei. Ah, houve ainda aquela história do faroeste em Viana do Castelo, onde se pensava haver só um assunto mediático: o prédio Coutinho, que nunca mais vai abaixo pois mal também não está a fazer, ao contrário dos criminosos estrangeiros que invadiram as nossas fronteiras. E das putas. Das brasileiras e das ucranianas que fodem sem camisa e em móteis de luxo, fazendo concorrência à rameira nacional que há muitos anos contribui para a sanidade mental de muito chefe de família que em casa passa fome de cão e que quando come é feijão com arroz, como diz o Scolari. Confesso que nada tenho contra a massagistas brasileiras nem contra os dentistas mas confesso também algum fascínio pelas nossas putas, sobretudo as putas estradistas, como aqueles que, à entrada de Cacia, na margem direita do Vouga, esperam sob um guarda-sol pela chegada de uma V5 ou de uma Zundapp carregadas de testosterona. É a chamada brigada do "chupar e foder" pela módica quantia de dez euros, diga-se desde já um dois em um que não é para todos mas é para todas, ou quase, as carteiras. Atenção, juro que não tenho comissão e não fiquem a pensar que ali por ali a chafurdar, apenas acontece que gosto de sondar o mercado e de ver no que param as fodas, perdão, as modas. E não, não fui que telefonei ao chefe, durante uma cimeira no Porto, a pedir meninas para o Meredien, pois não costumo frequentar esse tipo de antros da marginalidade, embora admita que não dispenso pelo menos uma passagem trimestral pela marisqueira do Miguel, onde o preço do quilo do berbigão nada tem a ver com o do chupar e foder, bem assim como o respectivo cheiro, detectável, na versão popular, por qualquer caniche armado em cão pisteiro.

* OU TALVEZ NÃO