À ESCUTA

Filipe, o grande, encontrou-se domingo à noite, a horas tardias, com Filipe, o bigode. O encontro foi celebrado com um arroz de tomate malandro com rissóis e croquetes de complemento, num restaurante do centro do país. Johny Walker sentou-se à mesa apenas à sobremesa. Um “bug” do BnA sob a mesa permitiu a reprodução de parte da conversa:
Filipe, o grande – Lá fomos…
Filipe, o bigode – Mais um…
F, o G – Quer mais um rissole?
F, o B – Não, homem, mais um título que se foi para os gajos.
F, o G – Deixe lá, homem, amanhã só se fala na final da Taça.
F, o B – Tá bem, tá bem. Aquele rato Micolli é que nos tramou…
F, o G – Não viu que o homem até se meteu no avião para ir a Milão tentar contratá-lo…
F, o B – Somos uns anjinhos!
F, o G – Então e o outro, sempre volta?
F, o B – Vai ter de pedir de joelhos.
F, o G – De joelhos deve estar o Papa neste momento, aqui perto, em Fátima.
F, o B – A Morgadinha trata dele logo que esta merda acabe.
F, o G – Veja lá se não lhe acontece o que aconteceu ao Carmona…
F, o B – E o Hermínio também é da panelinha.
F, o G – Foi o que me disse o Marinho.
F, o B – O da Davilina?
F, o G – Não, o admirável homem das neves.
F, o B – Já falas com ele?
F, o G – Foi o Dias da Cunha que me deu o número.
F, o B – Tenho de falar é com o Manel das pulseiras.
F, o G – Não deves ter sorte. O homem passou-se para o inimigo.
F, o B – Mando lá o Bibi.
F, o G – Pró ano temos de mudar de estratégia. Vou falar com o Pereira.
F, o B – E para sobremesa, o que queres?
F, o G – Pastéis de Belém.
F, o B – E se fossemos a Fátima furar os pneus do carro ao homem?
F, o G – Não, que tá lá o Afonso.
F, o B – Bem, sendo assim, pode ser um corneto para mim.