O clássico

Tudo como dantes, quartel-general em Abrantes? Nem por isso. Decorreu mais uma jornada e o FC Porto ficou com mais um ponto de vantagem. Sim, mais um, pois no caso de igualdade pontual com o Benfica é a sua a vantagem. Não foi um grande jogo logo que terminou mas 24 horas depois talvez sim. Explico: apesar de ter sido quase sempre jogado a um ritmo não muito alto, com a excepção dos últimos 20 minutos, o Benfica-FC Porto teve nuances interessantes. Desde logo, com o FC Porto a entrar a dominar, perante um Benfica nervoso. Jorginho a resultar como pedra-surpresa, Nuno Gomes emparedado por Pepe e Bruno Alves, Quaresma sem golpe de asa, Simão sem a 5.ª velocidade graças a Scolari (digam mal dele, portistas!). Depois do intervalo, a perder, o Benfica meteu toda a carne no assador enquanto o FC Porto mais uma vez crackou fisicamente e também tacticamente. O costume. Ponta final empolgante dos encarnados, com a Mantorras e Derlei quase a marcarem. Última oportunidade para o FC Porto, com Renteria a mostrar que é apenas mais um erro de casting. Resta agora ao Sporting ganhar ao Beira-Mar e colocar-se a 4 pontos do líder e a 3 do sub-líder, ou seja, correndo por fora para o título mas ainda mantendo em linha de visão a fita da meta. Afinal o jogo do título pode ser o Benfica-Sporting que aí vem...

PS 1 - Tal como aconteceu em Guimarães, também a Luz foi teatro de operações para esses energúmenos das claques ditas organizadas. Os superdragões mais uma vez na berlinda, no lançamento de petardos desde o piso superior onde foram colocados (?) para um local onde se encontravam crianças. Só há uma solução para que quem gosta realmente de futebol continue a pagar para ver futebol: banir estes biltres dos estádios! Nem que seja a pontapé (se calhar até apreciam)!
PS 2 - Não percebi Jesualdo Ferreira no final do jogo, ao atribuir à Imprensa a certeza de que às 23 horas de domingo o Benfica seria líder do campeonato. Que tenha visto, apenas Fernando Santos disse isso e numa estratégia que se compreende. Estará já o profe a permitir que os macaquinhos do costume entrem no seu sótão?
PS 3- Pinto da Costa estava, no final do jogo, afónico. Por um bocadinho assim não estava também eufórico. Lá chegaremos. Só não entendi por que razão não se sentou no banco, para a habitual saudação aos adeptos encarnados. Um momento sempre imperdível quando o diabo desce ao próprio inferno.