À BEIRA DO ABISMO*



"Inovação Aveiro - vender o clube ao capital estrangeiro". Foi esta faixa que a "Mancha Negra" coimbrã escolheu para provocar cagaréus e ceboleiros. Como pode ser verificada na mais recente entrada no "Meus Favoritos", o Bancada Norte, vai grande a contestação para aqueles lados. Teme-se nova descida do Beira-Beira. No "Alexandre", onde fui comer um prego a seguir ao jogo, antecipado por umas ameijôas à Bulhão Pato, alguém até lamentava já estar com umas certas saudades de António Sousa. "O espanhol hoje não acertou uma substituição...", comentava-se. Não é grande o ânimo na cidade a que chamam Veneza de Portugal e onde se pode comer o melhor bacalhau com natas do nosso sistema solar, para além de outras iguarias. "Quero ver quem é que, sem os dinheiros da TV, vai pagar em Setembro os 700 mil euros que o espanhol nos emprestou sem juros...", é outra boca que aqui deixo, antes de me abandonar nos braços de Morfeu, ainda a pensar no simbolismo da escolha do Carlos Oliveira à ceia - "ossinhos". Que é que certamente o que irá roer quem se seguir ao corsário, perdão, Cursach.


* Qualquer passo em frente pode ser a morte do artista