A MENINA DAS FOTOCÓPIAS


Grande escandaleira num voo recente para o Funchal. Uma equipa de futebol, alguns turistas, uns tantos deputados de regresso ao Funchal após uma penosa semana em Cuba. O superpoderoso dirigente segue nos lugares da frente. Atingida a velocidade de cruzeiro, sai da cadeira e dirige-se para as filas do meio, onde uma vedeta da TV se prepara para dois dedos de conversa. Mas só sua santidade fala. Melhor, quase berra. Toda a gente calada, só se ouve o bsrbsbrbrsbrb do roncar dos reactores enquanto o mais famoso dos famosos pisa o limite do ordinário. Posto o que se retira, deixando a "Menina das Fotocópias" sem saber se há-de dar corda ou relógio ou arriscar fumar um cigarrinho no WC. É então que o comandante manda apertar os cintos, pedindo desculpa aos passageiros por não os ter avisado da súbita flatulência, perdão, turbulência.