Joe

Há poucas coisa que acontecem em Portugal, onde não acontece muita coisa, onde não apareça o comendador Joe Berardo, o madeirense que fez fortunas com escórias de ouro e que se notabilizou como patrono da arte moderna. Não podemos deixar de achar piada a este homem de negro que, quanto mais não seja, deu a conhecer ao Mundo o conteúdo quase integral da Fátima Lopes. Com uma fortuna avaliada em 505,6 milhões de euros, o comendador apareceu esta semana nas notícias porque foi burlado em 45 mil contos por uma vizinha. Pode parecer forretice quem tem tanto estar preocupado com tão pouco. Não acho. É com este espírito que se fazem fortunas. E Joe, o capitalista, chegou tão longe não apenas graças à sua filantropia. Como aconteceu quando, depois de fazer uns dinheirinhos com o Record, ao sair deixou aos seus colaboradores um cheque que deu muito jeito. Ele é assim.