SUPER QUÊ?

Uma vez por ano, lá vem ela - a final do Super Bowl. O canal que a transmite arranja uns especialistas que passam largos minutos a explicar-nos as regras do jogo, prometem-nos uma atracção musical para o intervalo e a malta lá se tenta aguentar pela madrugada dentro. Confesso, desisti. Enquanto aguentei, li o "Público", a "National Geografic", o "Record", telefonei a alguns amigos, comi dois iogurtes e fui das vezes buscar lenha. Os Colts lá ganharam aos Beers mas só hoje é que confirmei o que já estava definido num campo onde 4 árbitros faziam de conta que arbitravam pois tudo era decidido na repetição dos lances. Tinha começado o dia a ver o Itália-França, em râguebi, para o Torneio das 6 nações e isso se calhar foi fatal. Ao início da tarde vi intensidade, vigor, velocidade...e a equipa médica a assistir um jogador em campo enquanto o jogo decorria. De madrugada vi uma coisa a que chamam desporto, praticada por mastodontes que têm de usar capacete de protecção, dirigido por 33 treinadores e assistido por 55 aguadeiros e 70 miúdas de mini-saia e de sorriso mumificado. É a América, claro. Mas podem desistir já de nos convencer que isto é futebol. O tanas!