Balanço mas não cai

Confirmado que, afinal, os jogadores quando querem podem usar o direito a que se pode chamar liberdade de expressão, Miccoli veio afirmar que exagera quem diz que está gordo. Quem o disse, todo percebemos, foi Fernando Santos. Não sei se, ali para os lados da Luz, as balanças estão tão bem calibradas como os aparelhos de ressonância magnética, o que sei é que o italiano parece um bocado anafadito. Disse Mi-Mi-ccoli que pesava 69 quilos em Itália e que agora pesa 71. Não é nada que o abone. Todos sabemos que os jogadores italianos têm peso a mais, graças à criatina que lhes dão. O excesso de massa muscular costuma ser, aliás, a origem de muitas lesões. A ter em conta este pormenor, sobretudo num momento em que alguns clubes portugueses começam a abusar deste produto e dos seus derivados, querendo fazer máquinas de guerra à força, o que nem sempre é possível quando estamos a falar de putos de 18 anos. E mais não digo.
Outro assunto: o FC Porto foi ao Brasil reforçar-se. O mercado sul-americano continua a ser a grande fonte do campeão nacional. Não era possível comprar o Pato, comprou-se o Rentería. É mais um brasileiro que chega ao Dragão e mais um que vem de Porto Alegre, a terra do Anderson e do meu amigo André Ribeiro.
Entretanto, o Sporting de Braga vai vender Diego Costa ao Atlético de Madrid por 3 milhões de euros. Outro grande negócio daquele que é o clube português com mais papel moeda. Se continuar assim, terá em breve condições para montar uma equipa para lutar pelo título e, mais importante, para suportar os ataques do costume. A pujança bracarense cada vez mais contrastante com a fragilidade do Vitória, onde se prepara terreno para eleições com alguns dos candidatos a candidato já no Brasil.
Lá por fora, o nosso Gilberto Madaíl prepara-se para ser finalmente eleito para o comité executivo da UEFA, faltando saber se se deixou comover pelo apelo pungente do Delgado para votar no Platini, aquele tipo mal disposto que sempre nos tramou. Vade retro!
Hermínio Loureiro continua a assumir-se como defensor dos nossos árbitros e lá esteve na AR na companhia do inefável António Sérgio, presidente da APAF. O presidente da Liga se calhar devia distanciar-se um bocadinho desta área, penso eu de que.