APITO DOURADO


Tal como se esperava, a Morgadinha dos tribunais deu um novo impulso ao Apito Dourado. A notícia do dia é, obviamente, a reabertura do arquivamento do caso Jacinto Paixão. Morgado terá encontrado factos novos que por si só justificam que o processo saía do arquivo para onde foi enviado, com alguma celeridade, pelo DIAP do Porto. É curioso, no mínimo, reparar que o MP pode ter duas opiniões sobre um caso tão polémico. Teixeira investigou durante meses e entendeu que existiam indícios de crime, tese que foi corroborada por 9 juízes do Tribunal da Relação do Porto. Porém, o processo chegou ao DIAP e foi arquivado sob o argumento de que não era possível associar a linguagem criptada (fruta e café com leite) com actos ilícitos. Ao que parece, Carolina Salgado terá acrescentado dados novos, antes de ser barrada no Zé da Adega, em Vila do Conde, onde apareceu na companhia de João Malheiro. Começa a ser recorrente a presença de acompanhantes benfiquistas da senhora que animou o nosso Natal com histórias da carochinha. Outros processo poderão, também, ser reabertos e se for assim a coisa vai fiar fino. Citando Nuno Melo, o dandi de S. Bento, alguém anda à procura de sangue para a arena. E de pouco valem as preces e as pragas do professor Olímpio. Está visto que os tempos mudaram nos canaviais.