PRÓS E CONTRAS

Apesar dos problemas provavelmente de menopausa de Fátima Campos Ferreira, o regresso do "Prós e Contras", da RTP, foi uma satisfação. Sobretudo graças a Valentim Loureiro, o homem que domina o meio (TV) e que manipula a mensagem. Mas isso deixo para os comunicólogos que não sabem fazer reportagens mas que ganham a vida a dar aulas de jornalismo à custa de patetices tipo emissor-receptor. Já dei o suficiente para esse peditório... Adiante. No programa em questão, a surpresa foi mesmo mais uma intromissão de Luís Filipe Vieira, mas esta ao telefone. A Fátima não gostou que lhe estragassem o alinhamento e não deixou que oVL e LFV trocassem mais galhardetes a propósito de quem é que indicou quem para a panelinha da Liga. Gostei também da pose diletante de Gilberto Madaíl, esparramado na cadeira e com um certo fastio sempre que se viu o gume da faca. Acabou por dizer mais uma vez estar farto de ser presidente da FPF e que só queria ir para casa. Pela primeira vez teve razão. Atenção que estamos a falar de um presidente da FPF que aceita fazer com Scolari, como os dois já confirmaram, um contrato no qual o seleccionador fica com o direito de sair no caso de o presidente da Federação cair. Também esteve lá um tal Laurentino Dias, um rapaz de mãos pequenas mas físico possante e cabelo cheio de laca. Só estorvou pois obrigou os técnicos de som a constantes ajustamentos nos graves e a uma preocupação permanente por pensarem que o som estava a arrastar ou que tinha mesmo pifado numa daquelas longas pausas laurentianas. Deus nos livre. Falta só falar de José Luís Arnault, ministro não sei muito bem de quê da União Europeia, que apresentou o seu revolucionário "Livro Branco" como se tal fosse a melhor erva que pudesse estar disponível no festival de Paredes de Coura. Como toda a gente sabe, é sempre mentira, o vinho tinto da tasca do tio Manel dá muito mais moca. Arnault foi um daqueles rapazes que, com Barroso, se pirou para Bruxelas, não foi? Enfim, uma noite televisiva em cheio, com o bónus de por momentos ter sido possível ver as cuecas da Fátima (que infelizmente não eram vermelhas como vestido). Gosto dela, foi minha colega no CFJ, já no século passado, e continua trepidante, para não dizer outra coisa.