PORTUGAL, ANO 2006


A minha filha Francisca foi esta semana pela primeira vez para a escola primária. Tal como o pai, começa a sua escolaridade dita obrigatória numa escolinha de Leça da Palmeira, ali pertinho do mar e dos lombinhos de pescada com molho de marisco dos "Viveiros da Mauritânia". Desde o 1 ano de idade que a Kika anda na escola porque os pais trabalham e têm horários no mínimo esquisitos. Até entrar no ensino público, os seus pais pagaram uma média de 350 euros por mês para terem a Francisca ocupada e bem tratada na sua escolinha (o "Iô Iõ", que, por razões óbvios, recomendo). Como entendo que a vida não se aprende em ambientes seleccionados, optei pelo ensino público. Bem-vindo ao sistema! Só para começar, a miúda, que devia ter horário alargado e direito a almoço, entra às 9, sai às 12, volta a entrar às 13.30 e sai às 15.30 horas. Ou seja, num só dia exige quatro viagens dos pais à escola e das 15.30 em diante fica com o resto do dia livre... Já sabíamos que não tratam bem o dinheiro dos nossos impostos. Mas é duro confirmar isso mesmo na pele e no osso.