APITADELAS

Pela primeira vez desde que foi espoletado o "Apito Dourado" - tirando umas declarações avulsas de Gilberto Madaíl no início do processo na sua fase pública -, um magistrado dos órgãos disciplinares desportivos (o famoso Pedro Mourão) pronuncia-se no sentido de colocar o caso sobre a alçada da justiça desportiva (ver "O Sol"). É um dado interessante numa fase em que a última jogada da defesa já foi lançada - a declaração da inconstitucionalidade da lei que pune a corrupção desportiva. E ao contrário do que disse Maria José Morgado, sempre bem informada mas desta vez nem por isso, não foi só José Guímaro que foi condenado pela lei em vigência. Um tribunal madeirense também já se pronunciou sobre um caso relativo aos escalões secundários. Mas giro, giro foi ver José Guímaro afirmar que caso esta tesa vença será ele o primeiro a pedir uma indemnização por danos pessoais causados pelo sistema judicial. Noutras circunstâncias, daria para rir. Nas actuais, nem por isso.
ps - quanto ao Sporting e ao seu aparente não envolvimento nas "apitadelas", continuamos à espera para ver sobretudo o que aconteceu em relação a projectos já extintos.