JB


Morreu um homem que soube ser presidente sem tiques e sem cliques. Jorge Brito era um senhor. Urbano, ponderado, 100 por cento benfiquista. Soube sobretudo escolher as pessoas certas, sendo o exemplo máximo a carta branca que sempre deu a Gaspar Ramos, que muitas dores de cabeça deu sobretudo a Pinto da Costa, tal como aconteceu depois com Vale e Azevedo. Jorge de Brito investiu o seu capital no Benfica sem pensar num retorno com juros, ao contrário de outros. E foi campeão. Era um homem bom e que até se ria com as partidas que lhe pregavam. Como quando eu e o Perestrelo, em Katowice, quando pusemos o Pedro Martins, entrão na RDP, a pedir-lhe 1000 dólares para assegurar o relato. "É o primeiro gajo que me pede dinheiro e é a brincar", foi como JB terminou uma rábula que durou horas.