Notas soltas

No remanso das férias, com tempo para ler de fio a pavio a imprensa dita desportiva, confesso que já estou um bocado enervado com o bombardeamento de adjectivos que tem atingido Rui Costa. Não sei se o "registra" vai aguentar tanta bajulação... O homem, apesar de gasto, continua craque. Mas convém não exagerar.
Na chamada idade das trevas, só o senhor feudal reinava, nem precisava de mandar publicar editais ou de participar em chatos colóquios sobre ética e deontologia. O mundo era dele. Felizmente, os tempos mudaram, veio o renascimento, a revolução industrial e agora até a internet. O castelão perdeu o domínio que tinha da coisa. Mas às vezes esquece-se que os tempos mudaram e volta ao que realmente é: um homem ultrapassado pelo seu próprio tempo, apenas preocupado em manter o estatuto. É pena.
Hermínio Loureiro, tal como BnA revelou há muito tempo, assume-se como candidato à presidência da Liga. É um excelente candidato. Tem provas dadas como desportista e dirigente desportivo, foi um bom secretário de Estado e é um homem que sabe como se vê o futebol das bancadas. O facto de no seu discurso primervo ter escarafunchado logo a ferida mais supurada do nosso futebol - as finanças - é sintomático quanto ao presidente que podemos ter. A irritação posterior de Rui Alves apenas confirmou esta impressão.
O Sporting arranca com uma bronca que dá pelo nome de Moisés. Não é bom começar assim mas só não emenda a mão quem é tolo.