Lar doce lar


Hoje, ao aterrar em Pedras Rubras, 30 dias depois de dali ter partido, dei por mim a contar as bandeirinhas que ia vendo nas casas que bordejam o aeroPORTO. Ena, tantas! A Alemanha também já aderiu à moda mas apenas na versão motorizada enquanto na Madeira o nosso amigo Jardim mandou tirar de uma janela uma bandeira do Brasil. A culpa não é do pobrezinho mas dos "bananas" que votam nele...
Como tive de passar algum tempo no aeroporto de Frankfurt, dei por mim a ler a edição de a "Marca", essa dita cuja bíblia do jornalismo desportivo com um registo de escrita dirigido dois graus acima do analfabetismo funcional e que continua glorificar o desporto espanhol. É certo que "nuestros hermanos" têm o Alonso, o Nadal e uma família inteira na NBA mas esta selecção espanholita não é o que se pinta dela. De aí até limparem o rabinho aos franceses ainda vai uma certa distância. Veremos logo à noite.
Os tugas que me acompanharam no voo para o Porto vestiam camisas às risquinhas e calçavam sapatos de vela. As respectivas conversas giravam entre o golaço do Maniche e a próxima ida ao ginásio. Natação ou tapete, era a questão para os próximos dias. Confesso que prefiro o adepto tuga que encontrei à porta do estádio de Frankfurt, acabadinho de chegar de Paris e logo ali a debitar um Malhão às cinco matinais. Quanto mais não seja, é capaz, ao contrário do beto da Foz, de falar uma língua difícilima a que podemos chamar "françoguês".
A Suíça acaba de ser afastada do Mundial sem sofrer golos. Não é que tenha uma grande selecção mas, caramba, assim custa mais um bocadinho. Segue em frente a Ucrânia e também os nossos jornais desportivos - não se esqueçam que temos 200 mil ucranianos a trabalhar e não são propriamente todos futebolistas.
Ao que consta, os bifes quiseram que a FIFA castigasse o nosso LUÍS FIGO. Estão todos borradinhos!