Km 4000

Estou há 19 dias "on tour", arrastando o meu respeitável peso mais 10 quilos de tecnologia às costas. Sempre a dar-lhe. Vale que as estações de serviço, esta é também para ti Moreira, têm 5 variações de "Davidoff". O CD de slows que o Luís me deixou também ajuda a baixar a tensão. E, claro, o guarda-sol que o México disponibiliza para os jornalistas que esturricam neste Verão alemão antecipado. Uma brasa! Não estou a falar da mexicana que mexe com as nossas hormonas mas apenas no calor. Hoje é o Angola-Méxica, estou com fé nos Palancas! No mínimo empatam e depois Portugal trata do México... Com uma organização que deixa a desejar, sobretudo por aqui, em Hannover, o Mundial ainda só está a aquecer as turbinas. Os próximos dias serão ainda mais alucinantes. Mais quilómetros para percorrer - amanhã, depois do jogo, parto para Frankfurt, 380 km à frente - e o que me safa é que as casas de banho das estações de serviço têm torniquetes mas também têm duches. E, claro, os nossos cigarritos. Fiquei cliente do café, "large", do Burger King, que para nós, jornaleiros jornalistas, não há controlo anti-doping. Depois de 6 dias de quase solidão aqui por Celle, estou pronto para novas acelerações. Sei que por aí pela terra nada de novo se passa, para além da ressaca dos pastéis. Por aqui, grande animação, sobretudo nas duas ruas "com putas" de Hannover. Ao contrário da Holanda, elas não se apresentam nas montras mas sim nas janelas. Ontem, às 13 horas, hora de almoço, já era assinalável o movimentos. Os adeptos dos Palancas são grandes clientes do "Latino's" - tarifa de 30 euros - mas estão desolados porque não há portuguesas. Os rapazes e as raparigas têm facturado... E, "prontos", está na hora da caminha. O dia de hoje é já amanhã.

Boa noite.