ERROS DE PALMATÓRIA

Depois de uma cerimónia pouco menos que frouxa, Portugal fez rolar a bola no europeu de sub-21. A Pedreira custou a encher mas compôs-se. O onze de Portugal, ao contrário, nunca se recompôs. Agostinho Oliveira cometeu alguns erros de palmatória, que nem parecem de um técnico com a sua experiência de saber feito. A saber:
- Bruno Vale na baliza (ficou a olhar para a bola lenta que bateu na barra e depois ajudou-a a entrar).
- Nélson, em défice físico, na lateral direita e Nuno Morais, que está muito longe de ser um lateral, no lado esquerdo da defesa. Portugal jogou praticamente sem laterais, do que muito se ressentiu a produção dos asas.
- Rolando de início, ele que não foi aposta na fase de qualificação. O central do Belenenses também esteve no golo.
- Custódio no banco. Raul Meireles encostou-se aos centrais e deixou Moutinho a fazer todas as despesas.
- Não era Manuel Fernandes quem devia ter saído ao intervalo mas sim Raul Meireles.
- Atacar com 4 a perder por 1-0 quando o meio-campo era todo da França. Moutinho ficou ainda mais sozinho e mais recuado.
- Hugo Almeida na ponta da lança. À parte do penteado ridículo, está visto que é um jogador que não ataca as bolas e que joga de costas para a baliza, tal como os centrais adversários.
- Nani nas alas. Não é jogador para progredir por zonas de espaço reduzido. Ou ele ou Moutinho, só pode ser a solução.
- Varela no banco de início. Para além de ser incrível o facto de não ficar mais uma vez no plantel do Sporting, é um dos poucos jogadores portugueses com aquela qualidade de não ser facilmente desarmado. Não finta, não se dá ao boneco e até se prejudica por ser tão generoso, mas faz a diferença se tiver oportunidades para tal. Não teve.
- Quaresma capitão. Foi só o primeiro jogador em campo a ver um cartão amarelo.

Enfim, mas nada está perdido. Ainda podemos vencer o que resta da Sérvia-Montenegro e a Alemanha. Haja fé e Agostinho Oliveira rapidamente recupere a lucidez que é seu apanágio.